A qualidade dos alimentos oferecidos aos consumidores do Distrito Federal é preocupante. Os principais problemas flagrados pela Vigilância Sanitária dizem respeito à conservação, preparo e critério de escolha dos produtos. De acordo com a Secretaria de Saúde, no ano passado, foram notificados nove surtos de doenças causados por alimentos, nos quais 291 pessoas ficaram doentes. Neste ano, o número de surtos chegou a dez, e o número de pessoas diagnosticadas com sintomas de infecção é de 160.
Quando o assunto é o índice de apreensões feitas pela Vigilância Sanitária, a realidade não é diferente. Segundo o gerente de alimentos do órgão, André Godoy, em 2012 a quantidade de apreensões foi notória. “Foram apreendidas 20 mil toneladas de produtos. Entre os principais problemas estão a temperatura inadequada, carne fora de registro, entre outros”, disse. Ainda não há um levantamento deste ano.
Para Godoy, um dos principais entraves para uma fiscalização mais eficaz é quantidade insuficiente de fiscais. “Desde 1993 não temos concurso”, justifica.
Segundo ele, os problemas encontrados costumam ser semelhantes. “O que mais vemos são produtos mal armazenados, temperatura inadequada e equipamentos inadequados”, relatou. Ele destaca que os consumidores devem ficar atentos, lendo o rótulo e verificando a data de validade.
Surpresa desagradável
Após assistir a um anúncio informando que o cupim estava em promoção, o técnico em eletrônica Ricardo Fernandes decidiu ir ao supermercado comprar o produto. “A carne estava embalada a vácuo. Tive o cuidado de verificar se ela estava intacta. Ao chegar em casa, armazenei no freezer e resolvi prepará-la dois dias depois”, contou.
Mas para o seu espanto, após cortar a carne e provar algumas fatias, Ricardo notou que havia algo estranho. “Percebi que havia um verme no meio da carne”, relatou. Segundo ele, sua esposa e filha que assistiram à cena passaram mal ao observarem a peça.
Revoltado com a situação, Ricardo resolveu correr atrás de seus direitos. “Me senti lesado. Liguei para a empresa, enviei um e-mail e eles me responderam”, afirmou. Mas para a sua indignação, nenhuma medida foi tomada. “Falaram que é um verme mesmo e que ele apareceu em função de uma reação da vacinação que o boi recebeu”, declarou.
Para solucionar o caso, segundo Ricardo, a empresa ofereceu produtos em troca da carne. “Ofereceram bolsa térmica e mais alguns itens”, contou. Para ele, a empresa não se preocupou em reparar os danos. “A minha sensação foi de constrangimento”, lamentou.
Prazo de validade sempre no limite
Na opinião da cabeleireira Catarina Souza, 55 anos, os estabelecimentos não dão a devida atenção à data de validade dos produtos. “No caso dos frios, já vi muitos casos em que estavam vencidos. Mas tenho o hábito de sempre olhar. Afinal, é a saúde que está em jogo”, declarou.
A administradora Marina Vitor, 43 anos, passou por episódio semelhante. “Já comprei pão para sanduíche com o prazo de validade vencido. Falei com o gerente do local, mas não adiantou nada”, contou. A partir de agora, segundo ela, a atenção é redobrada. “Não deixo de olhar mais. Tenho criança em casa e temo pelos riscos que corro”, disse.
Lasanha mofada
Para Godoy, um dos principais entraves para uma fiscalização mais eficaz é quantidade insuficiente de fiscais. “Desde 1993 não temos concurso”, justifica.
Segundo ele, os problemas encontrados costumam ser semelhantes. “O que mais vemos são produtos mal armazenados, temperatura inadequada e equipamentos inadequados”, relatou. Ele destaca que os consumidores devem ficar atentos, lendo o rótulo e verificando a data de validade.
Surpresa desagradável
Após assistir a um anúncio informando que o cupim estava em promoção, o técnico em eletrônica Ricardo Fernandes decidiu ir ao supermercado comprar o produto. “A carne estava embalada a vácuo. Tive o cuidado de verificar se ela estava intacta. Ao chegar em casa, armazenei no freezer e resolvi prepará-la dois dias depois”, contou.
Mas para o seu espanto, após cortar a carne e provar algumas fatias, Ricardo notou que havia algo estranho. “Percebi que havia um verme no meio da carne”, relatou. Segundo ele, sua esposa e filha que assistiram à cena passaram mal ao observarem a peça.
Revoltado com a situação, Ricardo resolveu correr atrás de seus direitos. “Me senti lesado. Liguei para a empresa, enviei um e-mail e eles me responderam”, afirmou. Mas para a sua indignação, nenhuma medida foi tomada. “Falaram que é um verme mesmo e que ele apareceu em função de uma reação da vacinação que o boi recebeu”, declarou.
Para solucionar o caso, segundo Ricardo, a empresa ofereceu produtos em troca da carne. “Ofereceram bolsa térmica e mais alguns itens”, contou. Para ele, a empresa não se preocupou em reparar os danos. “A minha sensação foi de constrangimento”, lamentou.
Prazo de validade sempre no limite
Na opinião da cabeleireira Catarina Souza, 55 anos, os estabelecimentos não dão a devida atenção à data de validade dos produtos. “No caso dos frios, já vi muitos casos em que estavam vencidos. Mas tenho o hábito de sempre olhar. Afinal, é a saúde que está em jogo”, declarou.
A administradora Marina Vitor, 43 anos, passou por episódio semelhante. “Já comprei pão para sanduíche com o prazo de validade vencido. Falei com o gerente do local, mas não adiantou nada”, contou. A partir de agora, segundo ela, a atenção é redobrada. “Não deixo de olhar mais. Tenho criança em casa e temo pelos riscos que corro”, disse.
Lasanha mofada
A dona de casa Lucilene Cristina Periard, 41 anos, foi vítima da falta de cuidado dos estabelecimentos com as condições adequadas de conservação. “Comprei duas lasanhas, e quando cheguei em casa percebi que elas estavam mofadas. E olha que a data de vencimento estava muito longe”, relatou.
Com o objetivo de alertar a empresa responsável pelo produto, ela enviou um e-mail para o SAC, e conta que aprovou o atendimento. “Eles mandaram produtos para a minha casa e me informaram que o problema estava na conservação inadequada do produto. Além disso, me agradeceram muito pelo contato”, afirmou.
E depois desse episódio, a dona de casa não teve sorte novamente. Durante a compra que realizava em um supermercado da cidade, acompanhada da reportagem, ela se deparou com uma embalagem de maionese que não estava lacrada e com sinais de mofo. “Olha isso aqui (apontou para a embalagem). É um exemplo da falta de fiscalização dos órgãos competentes e também da gerência do estabelecimento”, reclamou.
Denúncia do consumidor é fundamental
Com o objetivo de alertar a empresa responsável pelo produto, ela enviou um e-mail para o SAC, e conta que aprovou o atendimento. “Eles mandaram produtos para a minha casa e me informaram que o problema estava na conservação inadequada do produto. Além disso, me agradeceram muito pelo contato”, afirmou.
E depois desse episódio, a dona de casa não teve sorte novamente. Durante a compra que realizava em um supermercado da cidade, acompanhada da reportagem, ela se deparou com uma embalagem de maionese que não estava lacrada e com sinais de mofo. “Olha isso aqui (apontou para a embalagem). É um exemplo da falta de fiscalização dos órgãos competentes e também da gerência do estabelecimento”, reclamou.
Denúncia do consumidor é fundamental
Além dos cuidados com a higiene, data de validade e conservação, o consumidor deve ficar atento a produtos que estão expostos. É o que explica o endocrinologista do Hospital Santa Luzia, Mauro Scharf: “Quem vai consumir um produto que está exposto deve prestar atenção. Na época das festas juninas, por exemplo, a pamonha é feita na véspera e o cliente consome horas e horas depois”, disse.
Caso o cliente verifique que o produto encontra-se com um aspecto diferente ou mesmo fora da data de validade, é recomendado que ele denuncie. “É muito importante que ele verifique o local onde comprou o produto e denuncie. No caso dos açougues, existe a possibilidade de a procedência da carne ser mapeada”, declarou. O telefone da Vigilância Sanitária é o 3325-4811.
Segundo o endocrinologista, o consumo de alimentos mal conservados e fora dos padrões de higiene pode ocasionar diversos males à saúde. “A pessoa pode sofrer de gastroenterite, infecções intestinais que vão desde leves à moderadas. Os grupos mais vulneráveis são as crianças e os idosos”, afirmou.
Fonte:
Caso o cliente verifique que o produto encontra-se com um aspecto diferente ou mesmo fora da data de validade, é recomendado que ele denuncie. “É muito importante que ele verifique o local onde comprou o produto e denuncie. No caso dos açougues, existe a possibilidade de a procedência da carne ser mapeada”, declarou. O telefone da Vigilância Sanitária é o 3325-4811.
Segundo o endocrinologista, o consumo de alimentos mal conservados e fora dos padrões de higiene pode ocasionar diversos males à saúde. “A pessoa pode sofrer de gastroenterite, infecções intestinais que vão desde leves à moderadas. Os grupos mais vulneráveis são as crianças e os idosos”, afirmou.
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