quarta-feira, 17 de julho de 2013

Treinamento McDonald's


Hoje foi ministrado por nossa colaboradora Bruna Amaral na sede Administrativa do McDonalds (Shopping Pátio Brasil) um treinamento sobre Boas Práticas para Serviços de Alimentação, baseado na RDC nº 216 de 15 de setembro de 2004, aos gerentes de 7 lojas em Brasília.

Assuntos abordados:
  • Contaminantes alimentares;
  • Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs);
  • Manipulação Higiênica dos Alimentos;
  • Boas Práticas de Fabricação.
A partir deste encontro será definido a periodicidade de análises do Ar e Água.
  

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Qualidade dos alimentos no Distrito Federal



A qualidade dos alimentos oferecidos aos consumidores do Distrito Federal é preocupante. Os principais problemas flagrados pela Vigilância Sanitária dizem respeito à conservação, preparo e critério de escolha dos produtos. De acordo com a Secretaria de Saúde, no ano passado, foram notificados nove surtos de doenças causados por alimentos, nos quais 291 pessoas ficaram doentes. Neste ano, o número de surtos chegou a dez, e o número de pessoas diagnosticadas com sintomas de infecção é de 160. 
Quando o assunto é o índice de apreensões feitas pela Vigilância Sanitária, a realidade não é diferente. Segundo o gerente de alimentos do órgão, André Godoy, em 2012 a quantidade de apreensões foi notória. “Foram apreendidas 20 mil toneladas de produtos. Entre os principais problemas estão a temperatura inadequada, carne fora de registro, entre outros”, disse. Ainda não há um levantamento deste ano.

Para Godoy, um dos principais entraves para uma fiscalização mais eficaz é quantidade insuficiente de fiscais. “Desde 1993 não temos concurso”, justifica.

Segundo ele, os problemas encontrados costumam ser semelhantes. “O que mais vemos são produtos mal armazenados, temperatura inadequada e equipamentos inadequados”, relatou. Ele destaca que os consumidores devem ficar atentos, lendo o rótulo e verificando a data de validade.

Surpresa desagradável

Após assistir a um anúncio informando que o cupim estava em promoção, o técnico em eletrônica Ricardo Fernandes decidiu ir ao supermercado comprar o produto. “A carne estava embalada a vácuo. Tive o cuidado de verificar se ela estava intacta. Ao chegar em casa, armazenei no freezer e resolvi prepará-la dois dias depois”, contou.

Mas para o seu espanto, após cortar a carne e provar algumas fatias, Ricardo notou que havia algo estranho. “Percebi que havia um verme no meio da carne”, relatou. Segundo ele, sua esposa e filha que assistiram à cena passaram mal ao observarem a peça.

Revoltado com a situação, Ricardo resolveu correr atrás de seus direitos. “Me senti lesado. Liguei para a empresa, enviei um e-mail e eles me responderam”, afirmou. Mas para a sua indignação, nenhuma medida foi tomada. “Falaram que é um verme mesmo e que ele apareceu em função de uma reação da vacinação que o boi recebeu”, declarou.

Para solucionar o caso, segundo Ricardo, a empresa ofereceu produtos em troca da carne. “Ofereceram bolsa térmica e mais alguns itens”, contou. Para ele, a empresa não se preocupou em reparar os danos. “A minha sensação foi de constrangimento”, lamentou.

Prazo de validade sempre no limite

Na opinião da cabeleireira Catarina Souza, 55 anos, os estabelecimentos não dão a devida atenção à data de validade dos produtos. “No caso dos frios, já vi muitos casos em que estavam vencidos. Mas tenho o hábito de sempre olhar. Afinal, é a saúde que está em jogo”, declarou.

A administradora Marina Vitor, 43 anos, passou por episódio semelhante. “Já comprei pão para sanduíche com o prazo de validade vencido. Falei com o gerente do local, mas não adiantou nada”, contou. A partir de agora, segundo ela, a atenção é redobrada. “Não deixo de olhar mais. Tenho criança em casa e temo pelos riscos que corro”, disse.

Lasanha mofada  


A dona de casa Lucilene Cristina Periard, 41 anos, foi vítima da falta de cuidado dos estabelecimentos com as condições adequadas de conservação. “Comprei duas lasanhas, e quando cheguei em casa percebi que elas estavam mofadas. E olha que a data de vencimento estava muito longe”, relatou.

Com o objetivo de alertar a empresa responsável pelo produto, ela enviou um e-mail para o SAC, e conta que aprovou o atendimento. “Eles mandaram produtos para a minha casa e me informaram que o problema estava na conservação inadequada do produto. Além disso, me agradeceram muito pelo contato”, afirmou.

E depois desse episódio, a dona de casa não teve sorte novamente. Durante a compra que realizava em um supermercado da cidade, acompanhada da reportagem, ela se deparou com uma embalagem de maionese que não estava lacrada e com sinais de mofo. “Olha isso aqui (apontou para a embalagem). É um exemplo da falta de fiscalização dos órgãos competentes e também da gerência do estabelecimento”, reclamou.

Denúncia do consumidor é fundamental

Além dos cuidados com a higiene, data de validade e conservação, o consumidor deve ficar atento a produtos que estão expostos. É o que explica o endocrinologista do Hospital Santa Luzia, Mauro Scharf: “Quem vai consumir um produto que está exposto deve prestar atenção. Na época das festas juninas, por exemplo, a pamonha é feita na véspera e o cliente consome horas e horas depois”, disse.

Caso o cliente verifique que o produto encontra-se com um aspecto diferente ou mesmo fora da data de validade, é recomendado que ele denuncie. “É muito importante que ele verifique o local onde comprou o produto e denuncie. No caso dos açougues, existe a possibilidade de a procedência da carne ser mapeada”, declarou. O telefone da Vigilância Sanitária é o 3325-4811.

Segundo o endocrinologista, o consumo de alimentos mal conservados e fora dos padrões de higiene pode ocasionar diversos males à saúde. “A pessoa pode sofrer de gastroenterite, infecções intestinais que vão desde leves à moderadas. Os grupos mais vulneráveis são as crianças e os idosos”, afirmou.

Fonte:

segunda-feira, 3 de junho de 2013

De 100 estabelecimentos avaliados no DF, 14 recebem selo de excelência


A Secretaria de Saúde do Distrito Federal certificou nesta segunda-feira (27) 12 restaurantes e dois hotéis de Brasília com um novo selo de excelência de condições sanitárias. Durante dois meses, a diretoria da Vigilância Sanitária vistoriou cerca de 100 estabelecimentos e fez avaliações de acordo com 50 normas definidas em uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após a inspeção, os estabelecimentos receberam as letras A, B ou C, segundo os riscos oferecidos (veja a lista completa abaixo).

De acordo com o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, a certificação foi positiva. "O que nós esperamos é que os que estão no B e C façam um esforço e que logo estejam migrando para a categoria A. É importante estar nesse seleto grupo. É bom para a cidade e para o país”, disse. O projeto foi inspirado em iniciativas de outros países.

O secretário explicou ainda que os estabelecimentos que foram avaliados, mas não receberam o selo A, têm licença sanitária, estão dentro dos padrões sanitários e podem funcionar. "O que fizemos foi buscar mais rigor na qualidade."

Dono de um dos restaurantes certificados com o padrão de excelência, Rodrigo Cabral disse que já viveu a experiência desse tipo de avaliação quando trabalhou em Dubai.

“É muito importante para o cliente e para o dono do restaurante. Lá em Dubai, o governo certificava e, a partir daí, fazia as visitas periódicas ao estabelecimento. Quanto mais alto o nível que você recebia, menos visitas da vigilância.”

As avaliações realizadas fazem parte da primeira etapa de uma parceria entre o GDF, o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do DF (Sindhbar) e da Associações Brasileira de Bares e Restaurantes no DF (Abrasel-DF). Outros estabelecimentos serão avaliados até a Copa do Mundo de 2014.

Confira a lista dos restaurantes e hotéis credenciados com o selo de excelência:
  1. Soho - Pontão Lago Sul
  2. Barbacoa - Park Shopping
  3. Cantina da Massa - Asa Sul
  4. Feitiço Mineiro - Asa Norte
  5. Mercado 153 - Brasília Shopping
  6. Zacks - Brasíllia Shopping
  7. Ares do Brasil - Lago Sul
  8. Tratoria do Rosário - Lago Sul
  9. Dom Romano - Lago Sul
  10. Carpe Diem - Brasília Shopping
  11. Coco Bambu - Brasília Shopping
  12. Gabriela - Setor de Rádio e TV Sul
  13. Hotel St Paul Plaza
  14. Aristus Hotel 
Fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2013/05/saude-do-df-certifica-12-restaurantes-com-selo-de-excelencia-sanitaria.html

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Riscos a População

É certo que muito se evoluiu nos últimos anos em relação aos cuidados com a cadeia "do pasto ao prato" das carnes consumidas pela população. Todavia, ainda não se verifica uma PLENA política de redução de riscos em toda a cadeia de produção.

A saúde humana AINDA sofre os riscos pela carência de uma TOTAL segurança alimentar. Lembre-se de que alimento SEGURO é aquele alimento que não oferece perigos à saúde e à integridade do consumidor.

Uma pena, mas fazem-se frequentes os surtos de doenças transmitidas pelas carnes. São diversos os perigos, classificados como químicos, físicos e biológicos, entre eles os produtos químicos utilizados na produção e higienização dos estabelecimentos e os microrganismos. Considerando estes perigos que podem causar-nos doenças, podemos citar alguns dos fatores abaixo que predispõem a estas ocorrências:

· falta de higiene em abatedouro ou frigorífico e comércio varejista;

· falta de condições para que abatedouros/frigoríficos possam atender às exigências de sanidade e qualidade da carne;

· insuficiência quantitativa de médicos veterinários; e

· falta de inspeção adequada pelas agências responsáveis.

Este quadro vem piorando desde o final de 1989, quando o Congresso Nacional revogou a Lei nº 5.760 e transferiu ou descentralizou do órgão federal as obrigações da inspeção sanitária dos produtos de origem animal aos estados e municípios. Na prática, porém, tal responsabilidade jamais foi devidamente assumida pela maioria dos governantes estaduais e municipais, por motivos que vão desde a falta de recursos ao total descaso e conflito de interesses.

As falhas na inspeção e a realidade deplorável dos estabelecimentos de abate são, portanto, resultado não apenas da conduta individual de alguns profissionais da Medicina Veterinária, mas de décadas de inoperância do poder público e de uma série de fatores que não dependem unicamente da atuação efetiva dos Conselhos Federal e Regionais e dos profissionais representados por estes. Não é simplificando ou taxando os médicos-veterinários de omissos e coniventes que tal situação será resolvida. Por analogia, seria o mesmo que culpar os médicos pelo caos da saúde pública que perdura por décadas no Brasil.

É de extrema relevância e urgência a atualização e unificação do sistema de inspeção e controle dos alimentos de origem animal para que o médico-veterinário possa cumprir seu dever com excelência. O problema é que, atualmente, o que está valendo, mas ainda não funciona na prática, é o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária – Suasa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, regulamentado em 2006. O Suasa estabelece que os estados, o Distrito Federal e os municípios podem editar normas específicas relativas às condições gerais das instalações, dos equipamentos e das práticas operacionais de estabelecimento agroindustrial rural de pequeno porte, observados os princípios básicos de higiene dos alimentos.

Além da questão sanitária dos estabelecimentos de abate, devemos também nos atentar ao cumprimento de normas estabelecidas pelo Mapa quanto à sanidade animal, bem como o trajeto deste alimento ao varejo e as condições de refrigeração e armazenamento também impostas a ele no momento de sua venda ao consumidor. É comum o alimento, neste caso a carne “in natura”, ser produzido em ambiente que possui ferramentas que possam garantir a sua qualidade, como o APPCC (análises de perigos e pontos críticos de controle), e na hora da venda não serem respeitadas orientações simples, como armazenamento sob refrigeração ou congelação, o que o varejo não cumpre apenas para economizar energia. Este fato, como outros, deveria ser mais bem inspecionado pelos órgãos da saúde, como a vigilância sanitária, aos quais incumbe orientar e aplicar as determinações legais.

Tais condições precárias ou potencializadoras dos “perigos” mencionados determinam a sobrevivência e multiplicação de microrganismos ou parasitas. Há entre os patogênicos os seguintes:

· agentes causais mais frequentes: Salmonella spp, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Clostridium perfrigens, Bacillus cereus, Campylobacter jejuni, Mycobacterium bovis, Brucella spp; e

· Toxoplasma gondii, Cysticercus cellulosae/bovis (complexo teníase-cisticercose), Diphyllobothrium latum.

O consumidor ATENTO deve prestar atenção e dar preferência aos produtos seguros, que:

· apresentem a sanidade desejada, pela simples conferência de características sensoriais, tais como odor, sabor e aspecto; e

· de origem animal, tenham em sua embalagem/rótulo a logomarca “carimbo”, comprovando a sua origem em estabelecimentos que sofrem inspeção, quer sejam serviços de inspeção federal – SIF, estadual ou municipal, ou simplesmente oriundos de estabelecimentos que passam por inspeção sanitária.

Também deve o consumidor:

· analisar as questões de higiene do estabelecimento varejista;

· perguntar se aquele estabelecimento varejista possui um responsável técnico que confere ao setor procedimento que garanta a qualidade do produto e processo;

· após a compra do produto, respeitar as orientações do fabricante, como manter refrigerado, e tomar cuidado na cozinha no momento do preparo da refeição quanto a contaminações cruzadas com produtos que serão consumidos crus (por exemplo, saladas).

NÚMEROS DO PROBLEMA

Estima-se que cerca de 50% de toda a carne consumida no Brasil possa ser proveniente de abate clandestino! Principalmente devido a:

· falta de comprometimento de empresários que visam APENAS ao lucro, prejudicando o comércio formal;

· dificuldade de acesso a alimentos de qualidade, pela população menos privilegiada; e

· viabilidade econômica das carnes clandestinas.

- Estado de São Paulo (1996 a 2000): a partir de estudo em produtos da carne de aves, constatou-se que 32,7% das amostras continham o sorotipo Salmonela enteritidis, sendo 92% isolados de produtos derivados da carne de aves.

- Países industrializados: 90% dos casos de salmonelose estão relacionados ao consumo de produtos de origem animal.

- Grã-Bretanha (1992 a 1999): 16% dos casos de infecções intestinais em humanos estavam relacionados ao consumo de carnes contaminadas.

- Itália (1998 a 2000): 429 casos severos infecciosos de SUH – Síndrome Urêmico-Hemolítica pela E. coli.

- Belém (2006): pesquisa de patógenos em carnes suínas oriundas de abate clandestino revelou que:

. 31,6% das amostras possuíam anticorpos antiBrucella spp

. Em 50% dos soros foram detectados Ac antiToxoplasma gondii

. E 38% de soroprevalência para Leptospira spp

- Diadema/SP (2006): em 85% das avícolas havia aves com indícios de alguma patologia.



Diante do exposto, vale ressaltar que o Laboratório Sabinbiotec oferece serviços de análises microbiológicas e físico-químicas em água, alimentos e processos (análise em superfície de equipamentos, utensílios e manipuladores), que podem garantir a higiene e segurança nos estabelecimentos produtores e varejistas, bem como uma avaliação do transporte, que faz parte desta cadeia de produção de alimentos.

Visita dos Alunos da Universidade Católica de Brasília (UCB)





O Sabinbiotec recebeu a visita dos alunos da UCB para o aprimoramento e conhecimento deles com vistas as análises ambientais realizadas em água - GESTÃO AMBIENTAL. 



Análise de Água Realizada na Rhelk's


Como de costume o restaurante Rhelk's por meio da Consultoria Lumix realizou análises microbiológicas de sua água tratada a fim de prevenir possíveis riscos aos seus consumidores e processo. 

 Na foto nosso coletor Johny Célio e a Nutricionista Bianca Albuquerque da empresa Consultoria Lumix. 




sexta-feira, 19 de abril de 2013

Grupo Bimbo (Pullman) & Sabinbiotec

A parceria entre o Grupo Bimbo (Pullman) e Sabinbiotec irá se estender por mais um ano com a renovação do contrato de prestação de serviço.

Temos orgulho em fazer parte deste processo garantindo produtos de qualidade aos consumidores!!!


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Resolução RDC nº 154 de 15 de junho de 2004


Alterações da carne fresca

"A carne e os produtos cárneos em geral, muito sujeitos a alterações ocasionadas pelas próprias enzimas tissulares e pela atividade microbiana, sofrem ainda a deterioração do elemento protéico e a degradação das gorduras e dos carboidratos de sua constituição.

É intensa a luta do homem, que se apóia na observação e na ciência, para obstar a marcha da perecibilidade de um produto, como é o caso da carne, em sua direção fatal para a elementarização.

Já se comentou, quando do estudo das possibilidades e fontes de contaminação, o condicionamento do ambiente onde os alimentos são trabalhados, as causas endógenas e exógenas conducentes à contaminação das carnes e os fatores ambientais que ativam o desenvolvimento de microrganismos responsáveis pela sua alteração.

Sabe-se que, nos animais normais, as chamadas contaminações iniciais surgem a partir da sangria, prosseguindo durante as operações para obtenção das carcaças e vísceras comestíveis e nas demais fases de sua trajetória tecnológica e comercial.

A alteração microbiana mais séria caracteriza-se pela multiplicação dos microrganismos, os quais podem modificar as carcterísticas organoléticas do alimento, depreciando-o ou impedindo o seu consumo.

Alterações de aspecto, consistência, odor e sabor, em especial no caso da carne, são de tal forma evidentes que o próprio consumidor percebe logo a anomalia.

Conquanto se conjecture sobre riscos para a saúde do consumidor, a legislação se firma, por certo, nas características repugnantes da carne deteriorada para declará-la imprópria para o consumo. Assim, o artigo 847do Riispoa (BRASIL..., 1951) é taxativo quando dispõe: Na reinspeção da carne em natureza ou conservada pelo frio, deve ser condenada a que apresentar qualquer alteração que faça suspeitar de processo de putrefação".

Fonte: PARDI, M. C.. SANTOS, I. F.. SOUZA, E. R. & PARDI, H. Ciência, Higiene e Tecnologia da Carne. Vol. I. pág. 276-277. UFG.


terça-feira, 16 de abril de 2013

FDA Propõe Novas Regras de Segurança Alimentar para Instalações Estrangeiras e Domésticas

A Agência de Alimentos e Medicamentos norte-americana (Food and Drug Administration – FDA) abriu o período de consulta pública sobre duas novas propostas regulamentares, referentes à Lei de Modernização da Segurança Alimentar (Food Safety Modernization Act – FSMA).

**O prazo para o envio de comentários públicos ao FDA será até o dia 16 de maio de 2013.** Caso desejem participar destas consultas públicas através do BIC, favor contatar Celia Feldpausch no email celia@bic-us.org.

1- Controles de Prevenção: O FDA propõe exigir que instalações estrangeiras e domésticas, que fabricam, processam, embalam ou armazenam alimentos para consumo humano, destinados ao mercado norte- americano, desenvolvam planos para a identificação de riscos potenciais de segurança alimentar e controles para a redução de tais riscos.

De acordo com essa proposta, as instalações estariam obrigadas a monitorar seus controles, verificando a sua eficácia, tomando as medidas apropriadas para a correção de quaisquer problemas, bem como mantendo os registros que documentam essas ações. O FDA propõe que produtores de alimentos se adequem às novas normas de controles preventivos um ano após a publicação das regras finais no Diário Oficial dos EUA. As pequenas e micro empresas teriam mais tempo para cumprir com o novo regulamento.

2- Verduras e Frutas: O FDA propõe padrões de segurança para o cultivo, colheita, embalagem e armazenamento de frutas e verduras em fazendas estrangeiras e domésticas. Essa regra abrangerá todas as frutas e vegetais, exceto as que raramente são consumidas cruas ou destinadas ao processamento comercial, o qual irá reduzir os microrganismos que oferecem risco à saúde pública. Por fim, a regra concentra-se em áreas de risco, tais como: águas agrícolas, alterações biológicas do solo, saúde e higiene, animais domésticos e selvagens, e equipamentos, ferramentas e prédios.

3- Propostas Regulamentares Adicionais: O FDA acrescenta que as propostas regulamentares adicionais, referentes ao FSMA, serão publicadas em breve e deverão incluir novas responsabilidades para os importadores. Tal iniciativa objetiva verificar se os produtos alimentares cultivados ou processados no exterior são tão seguros quanto os alimentos produzidos internamente, assim como aferir a qualidade e a credibilidade da auditoria de segurança alimentar realizadas no exterior, por terceiros.

Para informações adicionais sobre as propostas regulamentares, favor acessar os sites: Controles de Prevenção / Segurança de frutas e verduras.
 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Vinte anos de um surto alimentar que ficou na história – Jack in the Box

Um dos surtos mais marcantes de doenças transmitidas por alimentos ocorreu em 1993, nos Estados Unidos, envolvendo a contaminação do hambúrguer da rede Jack in the Box pela bactéria Escherichia coli 0157:H7. Este surto ficou na história por vários motivos. Atingiu cerca de 700 pessoas, em quatro estados, sendo a maioria delas formada por jovens e crianças, incluindo quatro que morreram. O caso recebeu ampla cobertura da mídia, com as vítimas e suas famílias contando suas histórias na televisão. As indenizações pagas às vítimas na Justiça somaram mais de 50 milhões de dólares. Uma menina de nove anos que se recuperou parcialmente depois de sofrer falência renal e outras complicações, incluindo 42 dias em coma, recebeu uma indenização de 15 milhões de dólares da empresa. Os prejuízos totais quase levaram a grande rede de restaurantes à falência. A segurança do tradicional hambúrguer americano nunca tinha sido tão questionada.

O surto

Em 13 de janeiro de 1993, o Departamento de Saúde de Washington foi notificado de que um grupo de crianças com síndrome urêmica hemolítica (HUS), doença grave secundária à infecção por E. coli, estava sendo tratado em um hospital de Seattle e que havia um aumento nos atendimentos de emergência de pacientes com diarreia sanguinolenta. Em resposta, o Departamento entrevistou os pacientes para a investigação epidemiológica e descobriu que quase todos tinham consumido hambúrgueres dos restaurantes Jack in the Box dias antes de adoecer.

A investigação do surto levou à descoberta de que os hambúrgueres produzidos pela empresa Von, da Califórnia, e vendidos pela rede Jack in the Box eram a fonte do surto. A linhagem de E. coli pertencente ao sorotipo O157:H7 foi isolada de 11 lotes de hambúrgueres e o Jack in the Box anunciou o recall destes lotes, mas recuperou apenas cerca de 20 por cento do produto implicado. Os hambúrgueres contaminados tinham sido distribuídos aos restaurantes da rede em quatro estados e o surto contabilizou ao final os seguintes números:
  • Em Washington: 602 pacientes com diarreia sanguinolenta, 144 pessoas hospitalizadas, 30 desenvolveram HUS e três morreram;
  • Na Califórnia: 34 casos, 14 pessoas hospitalizadas, 7 desenvolveram HUS e uma criança morreu.
  • Em Idaho: 14 casos, 4 pessoas hospitalizadas e uma desenvolveu HUS;
  • Em Nevada: 59 pacientes, 9 hospitalizações, 3 desenvolveram HUS, não houve mortes.

Setenta e três restaurantes da rede Jack in the Box foram implicados no surto. Cinco plantas de abate nos Estados Unidos e uma no Canadá foram identificadas como as prováveis fontes da carne usada pela empresa Von na produção dos hambúrgueres vendidos ao Jack in the Box.

A rede Jack in the Box cancelou seus contratos com os fornecedores de hambúrgueres e exigiu novas garantias de segurança. Em resposta, uma das maiores empresas fornecedoras de hambúrgueres dos EUA desenvolveu, em conjunto com a companhia farmacêutica DuPont, um novo teste para detectar a E. coli O157:H7, usando PCR, Reação em Cadeia da Polimerase. A técnica por PCR é mais rápida que os testes microbiológicos tradicionais. Um novo sistema de amostragem também foi implantado na empresa para aumentar a segurança dos produtos.

Sobre a bactéria E. coli 0157:H7

Escherichia coli é um habitante normal do trato intestinal dos animais, incluindo o homem. Algumas cepas, no entanto, podem causar doenças gastrointestinais nos seres humanos e são coletivamente denominadas de E. coli diarreiogênicas. Atualmente, há seis grupos patogênicos de E. coli diarreiogênicas, que englobam diferentes sorotipos. O sorotipo O157:H7 pertence ao grupo das E. coli entero-hemorrágicas (EHEC) ou produtoras de toxina shiga (STEC) e pode causar uma doença chamada colite hemorrágica, que pode resultar em um quadro conhecido como síndrome urêmica hemolítica (HUS).

Segundo Dra. Tereza Cristina Rocha Moreira de Oliveira, do Depto de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Estadual de Londrina, as pesquisas mostram que o trato intestinal de ruminantes, particularmente bovinos e ovinos, parece ser o principal reservatório das cepas entero-hemorrágicas de E.coli O157:H7. Nos últimos anos, entretanto, destaca a pesquisadora, aumentou significativamente o número de surtos associados com outros veículos além da carne, particularmente as frutas, os sucos de frutas, os vegetais e as 
saladas preparadas com vegetais. Os vegetais da produção orgânica também podem ser veículos desta bactéria patogênica, uma vez que adubo orgânico de origem bovina costuma ser utilizado. “É importante lembrar que E. coli O157:H7 é o sorotipo mais associado a surtos de colite hemorrágica e HUS, porém outros sorogrupos e sorotipos de E. coli podem produzir toxina shiga e causar doença grave, como o sorotipo 0104:H4 e o sorogrupo O121”, completa ela.

O cozimento ou fritura dos hambúrgueres não deveria ter destruído a E. coli?

Naquela época, as normas do estado de Washington requeriam que os hambúrgueres atingissem temperatura interna de 68°C, temperatura necessária para destruir a E. coli 0157:H7. Porém, o requisito da FDA, a Agencia Nacional, era de apenas 60°C, que era a temperatura utilizada na rede Jack in the Box. Após o ocorrido, o padrão de temperatura interna de 68°C passou a ser utilizado em todo o território estadunidense. Além disso, foi exigido que todo produtor de carne nos EUA implantasse e seguisse programas de APPCC, pois mesmo o produto cru deve ter boa qualidade sanitária, não podendo depender do calor para obtenção de um alimento final seguro.

No Brasil, a Portaria 2619/2011, da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, estabelece que todas as partes do alimento atinjam no mínimo 74°C ou combinações de tempo e temperatura equivalentes, como 65°C por 15 minutos ou 70°C por 2 minutos.

E no Brasil, temos E. coli 0157:H7 nos alimentos?


“Vários trabalhos avaliando grande número de amostras de alimentos indicaram uma baixa frequência de isolamento de E. coli O157:H7 em produtos brasileiros”, informa Dra. Tereza Cristina. “Esses dados, porém, devem ser interpretados com cuidado uma vez que no Brasil não há um monitoramento sistemático que possa indicar a verdadeira situação da ocorrência dessa bactéria em alimentos”. Ainda segundo a pesquisadora, Centros de Vigilância Epidemiológica de vários estados brasileiros já registraram casos de HUS, o que evidencia a necessidade de monitoramento das linhagens produtoras de toxina shiga (STEC), pois a experiência tem mostrado que, em um mundo globalizado, microrganismos emergentes podem ser rapidamente disseminados.

O blog agradece a participação da Dra. Tereza Cristina Rocha Moreira de Oliveira, da Universidade Estadual de Londrina.

Fonte:

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Curso Food Safety Trends

No dia 11/04/2013 os colaboradores do Relacionamento e Microbiologia participaram via WEB do curso Food Safety Trends organizado pela 3M
Palestrante: Dr. Martin Wiedmann
Temas abordados:

  • Tendências em Food Safety
  • Controle de Patógenos e Monitoramento Ambiental
  • FSMA - Food Safety Modernization Act



Agradecemos a 3M pelo convite e para elogiar o evento o qual não teve nenhum problema na transmissão, onde inclusive paticipamos ao vivo com perguntas ao palestrante.

Análise de Efluente - Decreto 18.328/97 - CAESB


quinta-feira, 11 de abril de 2013

Peixe contaminado no Japão não vai chegar à mesa do brasileiro, diz ministra

O país asiático anunciou que detectou radiação em algumas espécies de peixes após o vazamento de material da Usina Nuclear de Fukushima
Um vendedor de pescado organiza seus produtos no mercado de Tsukiji, em Tóquio

A ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, disse nesta quinta-feira (07/04) que a possibilidade de que peixe contaminado por radiação proveniente do Japão chegue ao Brasil é remota. O Japão anunciou que detectou radiação em algumas espécies de peixes após o vazamento de material da Usina Nuclear de Fukushima.

A ministra explicou que o Brasil praticamente não importa pescado japonês. Mesmo com o baixo risco de um peixe contaminado chegar à mesa do brasileiro, Ideli afirmou que o governo federal monitora todos peixes que vêm da Ásia. Isso porque o Japão anunciou que está despejando no mar água radioativa e os cardumes se deslocam. Além disso, barcos de outros países pescam em águas internacionais. Do continente asiático, o maior volume de pescado é comprado da China.

“Pode continuar comendo peixe que está tudo monitorado. Não há risco ou qualquer problema. É só um cuidado a mais”, disse Ideli Salvatti, ao participar do programa de rádio Bom Dia, Ministro.

Desde o início desta semana, fiscais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura começaram a colher amostras de alimentos importados do Japão para detectar a presença de nível de radiação acima do tolerado. Os alimentos serão liberados para o consumo somente após o resultado da análise. E a carga que estiver contaminada será descartada ou devolvida ao Japão.

No programa, a ministra disse que uma das metas da pasta é incluir o peixe na merenda de 20% das escolas do país até o próximo ano. O alimento será processado, ou seja, não terá espinhas. Atualmente, o brasileiro consome 10 quilos de pescado por ano, volume abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que é de 12 a 14 quilos anuais por pessoa.
 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Confira a pesquisa do Idec que reprovou 25 marcas de queijo branco

Você está de olho no que coloca no seu prato? O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) testou a qualidade do queijo branco, também conhecido como frescal. Ele é muito procurado por ser mais saudável. O resultado foi preocupante: as 25 amostras analisadas foram reprovadas.


Veja aqui a matéria no site do Idec e aqui, pesquisa completa.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Visita Técnica Super Maia

O Supermercado Super Maia visitou as instalações do Sabinbiotec com o objetivo de conhecer e entender o processamento das amostras enviadas para análise. A visita foi um sucesso e uma extensão do número de análises que constam no Contrato está sendo avaliada.  

Da esquerda para direita: Bruna Amaral (Coordenadora do Relacionamento - Sabinbiotec), Marjorie (Engenheira de Alimentos - Coordenação Controle de Qualidade - Super Maia), Priscila (Nutricionista - Super Maia) e Vanessa Sousa (Agente de Relacionamento - Sabinbiotec).

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Qualidade da água




O dia da Água foi comemorado no dia 22 de março, porém sabemos que ela é considerada uma excelente fonte de contaminação, independente do processo, quer seja industrial, comercial ou mesmo nos domicílios. Além da preocupação que temos quanto a questão da Potabilidade da água (Portaria 2914, 12 de dezembro de 2011) vale ressaltar a questão ambiental (Resolução 357 de 17 Março de 2005 - MMA), bem como o próprio tratamento de Efluentes que podem contaminar diretamente os corpos hídricos (ver Decreto Caesb 18328/97 e Resolução 430 de 13 de Maio de 2011)

Temos que cuidar da nossa Água para mantermos a nossa Qualidade de Vida! É uma questão de Saúde Pública!