sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Dia do macarrão

Ontem, 25 de outubro de 2012, foi comemorado o dia do macarrão, data estabelecida a 16 anos atrás durante o Congresso Mundial de Macarrão realizado em Roma, Itália. A maioria das pessoas relacionam normalmente a origem deste alimento aos italianos, porém sua origem ainda não foi elucidada, alguns historiadores mencionam também como criadores os chineses ou os árabes.
Hoje temos um grande número de indústrias que produzem este tipo de alimento e que devem ter procedimentos de controle microbiológico do processo, matéria prima e manipuladores. As características intrínsecas (composição) do produto antes de ser preparado não proporcionam uma condição ótima para o crescimento bacteriano, porém após o preparo (cozimento) e com a adição de outros ingredientes como molhos e carnes podem, em casos de falta de higiene e condições ideais de armazenamento se transformar em um ótimo meio de cultura, promovendo o rápido crescimento bacteriano. Devido a estes fatores é importante que o consumidor procure restaurantes que façam controle microbiológico do estabelecimento e que sigam as recomendações de análises e limites estabelecidos na Resolução - RDC nº 12, de 2 de janeiro de 2001.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Sal: Implicações no organismo humano



O cloreto de sódio, comumente conhecido como sal ou sal de cozinha, é uma substância largamente utilizada formada na proporção de um átomo de cloro para cada átomo de sódio (NaCl). O sal é essencial para a vida animal e é também um importante conservante de alimentos e um popular tempero.
O organismo precisa de sódio para manter o equilíbrio da água. Grande parte do nosso corpo é composto de água e a quantidade desta água é regulada por mecanismos fisiológicos que incluem a sua obtenção, pelos mecanismos de sede e do comportamento de beber água, e sua excreção, pela eliminação de urina pelo rim. Este sistema de controle está sendo, continuamente, ajustado com a finalidade de manter as melhores condições de volume de água e de concentração de sódio no meio interno. Além do balanço de água, o sódio é fundamental para a transmissão do impulso nervoso, mantendo a função dos nervos e do cérebro, e influenciando diretamente a contração e o relaxamento dos músculos.

Quando a quantidade de sódio (sal) que ingerimos é maior do que a necessária, o excesso irá produzir uma retenção hídrica. Água que seria normalmente eliminada vai ficar no organismo, "acompanhando" este sódio pelo mecanismo de osmose, o que causa um aumento de volume de sangue com conseqüente aumento da pressão arterial. A Pressão alta aumenta o risco de aterosclerose, de ataque cardíaco (infarto) e de acidente vascular cerebral (avc, derrame). Além disso, temos a previsão de que somente este ano 20 mil pessoas irão desenvolver o câncer de estômago no Brasil, sendo o sal um dos principais responsáveis.

Evidências comprovam que a dieta para uma boa saúde é aquela em que o padrão alimentar está de acordo com a programação genética da espécie. Em um passado recente de poucas centenas de anos, houve uma transição muito rápida deste padrão alimentar, a que a espécie estava adaptada, para um padrão radicalmente diferente de dieta, característica de uma sociedade urbana industrializada. Por ser muito rápida, esta mudança não permitiu adaptação ao estilo de vida e aos tipos de alimentos da civilização urbana ocidental. A programação genética das espécies (dentre as quais os humanos) não está preparada para alimentos processados industrialmente, que sofrem retirada ou adição de componentes.

Qual é a medida certa?
Segundo a Organização Mundial de Saúde o consumo diário recomendado é de 2 gramas ou 2.000 mg para um adulto saudável. Segundo indicações de pesquisas o brasileiro está consumindo 12 gramas por dia, ou seja 6 vezes mais do que o recomendado. Independente do limite, quanto menor a ingestão de sal maior o efeito benéfico sobre a pressão.

Mas como controlar o sal?
Nos Estados Unidos, um levantamento mostra quais as principais origens do sódio na dieta: 5% é adicionado durante o preparo do alimento, 6% é adicionado quando se ingere o alimento (na salada por exemplo), 12% está contido naturalmente nos alimentos e 77% provém de alimentos processados e industrializados.
O alimento industrializado contém muito sódio porque o sal preserva o alimento ao impedir o crescimento de bactérias. Além disso, o sal reduz a secura de biscoitos, salienta o seu sabor adocicado, inclusive de bolos, e reduz o gosto metálico que é produzido pelos compostos dos refrigerantes.
Somente o gosto não é suficiente para indicar se um alimento possui muito sódio. Muitos componentes de alimentos processados possuem sódio como, por exemplo, bicarbonato de sódio, glutamato monossódico e nitrato de sódio.
A melhor maneira de controlar o consumo de sódio de um alimento industrializado é verificar a quantidade na rotulagem nutricional (ver Resolução - RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003).
  
Como reduzir a ingestão de sal? 
Se você utiliza comida industrializada (que vêm em latas, embalagens, etc) opte pelas que assinalam no rótulo que contêm baixo sódio (lembre-se que nos restaurantes grande parte dos produtos utilizados são industrializados).
O gosto pelo sal é adquirido. Com a redução gradual da ingestão de sal o seu gosto vai se ajustando e, depois de algum tempo da diminuição do sal (poucas semanas para a maioria das pessoas), você não sentirá falta do excesso que consumia antes.

Acordo entre Ministério da Saúde e Indústrias prevê redução de sal nos alimentos
O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou com as associações que representam os produtores de alimentos industrializados um termo de compromisso que estabelece a redução de sódio em 16  categorias de alimentos, representando uma diminuição anual de 30%.
As metas devem ser cumpridas pelo setor produtivo até 2012 e aprofundadas até 2014. Está previsto, também, o estabelecimento de metas, ainda este ano, para o pão francês, os bolos prontos, as misturas para bolos, os salgadinhos de milho e as batatas fritas. O acordo para redução de sódio nos alimentos foi assinado entre o Ministério da Saúde, Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação, Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias, Associação Brasileira da Indústria do Trigo e a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria.
  
Serviços oferecidos pelo Laboratório Sabinbiotec
A análise de Sódio nos alimentos pode ser realizada pelo Sabinbiotec, por meio de metodologias como a Deterrminação de Cloretos (NaCl) – Argentométrico (Möhr) disposta na Instrução Normativa nº 20, de 21 de julho de 1999. Métodos analíticos físico-químicos para controle de produtos cárneos e seus ingredientes  – sal e salmoura (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) ou por Espectrometria de emissão atômica por plasma acoplado indutivamente, conhecida também por como ICP-OES (inductively coupled plasma optical emission spectrometry), em português, espectrometria de emissão óptica por plasma acoplado indutivamente.

Esta análise pode ser contratada para atendimento da  Resolução - RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003 que se aplica à rotulagem nutricional dos alimentos produzidos e comercializados, qualquer que seja sua origem, embalados na ausência do cliente e prontos para serem oferecidos aos consumidores.


 Confira mais:

http://oglobo.globo.com/saude/confira-os-alimentos-com-maior-quantidade-de-sal-6412663#ixzz2AFGKP2N3 
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1681537-15605,00-BRASILEIROS+CONSOMEM+SEIS+VEZES+MAIS+SODIO+DO+QUE+OS+MEDICOS+RECOMENDAM.html


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Laboratório Sabinbiotec participa da SNCT 2012

A coordenação do evento (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) aprovou o projeto enviado pela equipe técnica do Sabinbiotec podendo desta forma participar da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNTC 2012), evento que aconteceu entre 16 a 21 de outubro de 2012, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade em Brasília, Distrito Federal.

O tema principal SNCT - 2012 foi “Economia verde, sustentabilidade e erradicação da pobreza”. Ele foi escolhido em função de serem estes os assuntos principais da Conferência Rio + 20, evento de enorme importância e organizado pela ONU, que ocorreu no Brasil em 2012, com a participação de quase todos os países do mundo. Na SNCT 2012 foram promovidas e estimuladas atividades de difusão e de apropriação social de conhecimentos científicos e tecnológicos relacionados com este tema. Foram debatidas também as estratégias e mudanças necessárias para enfrentar os desafios da sustentabilidade, nas suas dimensões ambiental, econômica e social, e como a C&T pode contribuir para isto e para a erradicação de pobreza e a diminuição das desigualdades sociais no país.

O "stand" do Sabinbiotec ficou no "Espaço Água" onde foram desenvolvidas atividades educativas para o público, despertando a necessidade de realizar análises microbiológicas e físico-químicas em água para monitoramento e controle ambiental.

Para mais informações: http://semanact.mct.gov.br/index.php/content/view/5391.html


                                                                         Foto do "Stand" Sabinbiotec - SNCT 2012.

DIA MUNDIAL DO PÃO - 16/10/2012

Em Brasília o Sindicato das Indústrias da Alimentação (SIAB) distribuiu 30 mil pães para comemorar o Dia Mundial do Pão. Informou ainda que somente em Brasília temos 1250 padarias e 300 confeitarias.

Temos que exaltar que todos estes estabelecimentos necessariamente precisam produzir estes alimentos de forma segura, ou seja, seguir as Boas Práticas de Fabricação (Resolução - RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002). Como ferramenta de verificação das Boas Práticas de Fabricação estes estabelecimentos podem realizar controle do processo por meio de esfregaços (swabs) em superfícies como utensílios e equipamentos, além da técnica de exposição de placas para verificar a contaminação das salas. São análises simples e que garantem a verificação da higiene do processo evitando contaminações cruzadas.


Já nos produtos prontos (como pães, salgados e doces) os estabelecimentos devem seguir como referência as análises e limites que constam na Resolução - RDC nº12 de 2 de janeiro de 2001 especificamente o item 18 que trata de produtos de confeitaria, lanchonetes e padarias prontos para o consumo.  

Além do controle microbiológico temos que ressaltar a importância em informar, de forma clara, em cada tipo de produto a quantidade e qualidade nutricional de cada produto produzido e embalado. Podemos utilizar como respaldo legal a Resolução - RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003 que se aplica à rotulagem nutricional dos alimentos produzidos e comercializados, qualquer que seja sua origem, embalados na ausência do cliente e prontos para serem oferecidos aos consumidores. As análises que devem ser analisadas constam no item disposto abaixo:

3.1.1. A quantidade do valor energético e dos seguintes nutrientes:
· Carboidratos;
· Proteínas;
· Gorduras totais;
· Gorduras saturadas;
· Gorduras trans;
· Fibra alimentar;
· Sódio



O Laboratório Sabinbiotec oferece serviços analíticos para as análises de alimentos, água, ar climatizado e solo auxiliando os estabelecimentos na realização destes controles e assim de acordo com as exigências legais. 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Sabinbiotec renova seu Certificado da Rede Metrológica de Goiás

UE dá por controlado surto de E. coli e apoia revisar sistema de alarme


Bloco proibiu a importação de sementes egípcias, principais suspeitas de serem a fonte do surto

http://www.estadao.com.br/noticias/vida,ue-da-por-controlado-surto-de-e-coli-e-apoia-revisar-sistema-de-alarme,741383,0

Sopot (Polônia) - Os países da União Europeia e o Executivo comunitário afirmaram nesta quarta-feira que o surto de "E. coli" está "sob controle" e apoiaram a revisão do sistema comunitário de alerta alimentar, como reivindica um grupo de países liderado pela Espanha. União Europeia quer revisar normas dos produtos que são importados pelos países do bloco No conselho informal de Saúde realizado entre terça-feira e esta quarta-feira em Sopot (norte da Polônia), os ministros europeus do ramo deram por liquidada a crise sanitária provocada pelos surtos da bactéria "E. coli" na França e Alemanha, após apontar como causa provável as sementes de feno-grego procedentes do Egito e ordenar sua proibição e retirada. "A situação está totalmente sob controle" uma vez que a origem das infecções é "conhecida e neutralizada", garantiu ao fim da reunião desta quarta-feira a diretora-geral de Saúde e Consumo da Comissão Europeia, Paola Testori. O especialista comunitário referiu-se assim à retirada de todas as sementes importadas do Egito entre 2009 e 2011 e à proibição temporária da entrada dos grãos no mercado único, medidas que foram decididas na véspera pelos 27 membros da UE e entram em vigor nesta quarta-feira, com a publicação no Diário Oficial da União Europeia. Na reunião informal, os ministros apoiaram "reforçar os mecanismos de resposta" às emergências sanitárias para formar "uma reação europeia" diante dos surtos que possam afetar vários países, como foi o caso da "E. coli", disse Testori em entrevista coletiva. "Está claro que esta emergência nos deixou lições, não porque o sistema não seja bom, mas porque sempre é possível melhorar", acrescentou a especialista comunitária. Concretamente, os ministros decidiram reforçar a detecção antecipada de possíveis ameaças sanitárias e agilizar a troca de informações, indicou a ministra de Saúde polonesa, Ewa Kopacz, quem presidiu a reunião. Para isso, a Comissão Europeia apresentará uma proposta antes do fim do ano que incluirá "muitos dos pontos concretos reivindicados pela Espanha", a fim de evitar novos alarmes prematuros e sem base científica, detalhou na terça-feira o secretário-geral de Saúde espanhol, José Martínez Olmos. Outra mudança que pode ser introduzida após a crise da "E. coli" afeta à normativa das sementes que chegam ao mercado europeu, depois que a origem do surto estivesse em grãos que "não tinham o nível máximo de qualidade e higiene", explicou Testori. "Pedimos à Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) que coloque padrões sanitários para a distribuição de sementes utilizadas para germinar", assinalou. Tanto a Presidência polonesa quanto o Executivo comunitário voltaram a reivindicar à Rússia que levante totalmente o bloqueio às exportações de verduras procedentes da UE, já que o país ainda impede a entrada em seu território das verbas originárias de estados-membros como a Polônia. Apesar de Rússia e a UE acordaram na semana passada o levantamento de todo bloqueio e sua pronta aplicação, Moscou "não abriu suas fronteiras a todos os países", disse Testori, quem classificou esta situação de "totalmente injustificada". A Comissão Europeia "está pressionando à Rússia para que reabra todas as exportações de todos os estados-membros" e, neste sentido, realizará "provavelmente" uma nova reunião em direção ao final desta semana, segundo a especialista comunitária.

CARNES: Abate religioso ganha espaço nas agroindústrias do BR


Alguns povos condicionam sua alimentação a preceitos religiosos. Hindus não comem carne bovina, por considerarem a vaca um animal sagrado 

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Budistas também evitam carne e costumam adotar o estilo vegetariano. Judeus e muçulmanos, por sua vez, não aceitam a ingestão de carne suína, já que para os padrões dessas religiões, o porco é um animal impuro. Nessas duas últimas culturas, as carnes bovina e de aves são permitidas, desde que o animais tenham sidos mortos sob as bênçãos de suas crenças. As agroindústrias brasileiras vêm se especializando para atender as exigências desses mercados nos quais a fé rege também os hábitos alimentares.

Oriente Médio - O incremento das exportações para o Oriente Médio, onde a maioria da população (90%) segue os preceitos do líder espiritual Maomé, despertou o interesse de frigoríficos e, por outro lado, ampliou a possibilidade de compra da população daqueles países e de outros que seguem as mesmas leis, a exemplo dos asiáticos Malásia e Indonésia. Carnes com abate diferenciado, conhecido como halal, ganham espaço nas linhas de produção de grandes empresas.

Princípios - Na prática, o termo halal significa permitido para consumo, mas o conceito ultrapassa o simples consentimento, tratando de princípios que vão do respeito a todos os seres vivos até questões sanitárias. A preocupação com a higiene do alimento estende-se ao bem-estar do animal, no caso dessas proteínas. Para os islâmicos, o ritual de abate do boi ou do frango deve ser feito apenas pela degola, para garantir a morte instantânea do animal. No sistema tradicional de abate bovino, a insensibilização por meio de métodos que levam ao atordoamento deve ser feita antes da sangria. Todos os procedimentos com o abate devem ser realizados por um muçulmano praticante, em geral árabe, treinado especificamente para essa função.

Alá - O oficio do degolador é estritamente ligado às tradições religiosas e o abate, permeado de ritos. Cada animal que passa pela mão desse profissional, é oferecido a Alá antes de ser morto. Com um facão minuciosamente afiado em punho, ele pronuncia, em árabe, a frase "em nome de Deus" e sacrifica o animal. Omar Chahine, supervisor islâmico do frigorífico Minerva, em Barretos (SP), explica que esse oferecimento ocorre na intenção de que o animal não sofra, e que o sacrifício seja apenas para o sustento de quem dele se alimenta. "É um agradecimento pelo alimento e mostra que o trabalho é voltado exclusivamente à alimentação humana, sem crueldade pela morte de outro ser vivo", afirma. Sempre que possível, o animal deve estar posicionado na direção da cidade sagrada de Meca (Arábia Saudita), intensificando o caráter ritualístico do ato.

Sangue - É preciso ainda dissociar os elementos vitais e, por isso, é preconizada a retirada total do sangue do animal. "A doença vive no sangue e queremos um animal saudável", diz o supervisor-geral de abate da Central Islâmica Brasileira de Alimentos Halal (Cibal), Tamer Mansur. Dessa forma, a sangria é uma parte importante, assim como os cuidados no pré-abate. Antes da morte, o boi ou o frango deve descansar, no mínimo, 12 horas "para não ficar agitado e esvaziar o estômago", diz Omar Chahine. Deve-se evitar, também, que tenham comido ração com proteína animal ou recebido hormônios. O post mortem também é regido pela doutrina e as carcaças halal são separadas das convencionais. O contato com o produto convencional é estritamente proibido, mesmo já embalado.

Equipe - Cada frigorífico tem na equipe um degolador e um supervisor de abate. A certificação do produto halal, que hoje alcança mercados no Oriente Médio, África e Ásia, é feita há mais de 30 anos por empresas especializadas, como a Cibal Halal e o Centro de Divulgação do Islam para a América Latina (CDIAL). Com equipes próprias para averiguar todo o processo, essas empresas dão a garantia ao importador de que a produção foi realizada segundo os preceitos da religião.

SIF - O Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura não atua em certificações de cunho religioso, como a halal. No entanto, todo estabelecimento, independentemente do tipo de abate realizado, conta com fiscais que examinam as áreas dos matadouros e frigoríficos e verificam o cumprimento de programas relativos à higiene, à documentação do estabelecimento e às condições de saúde do animal.

Mercado mundial - O mercado halal em todo o mundo é estimado em mais de US$ 400 bilhões, com crescimento de 15% ao ano. Dados da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras) apontam que 33% da produção de frango do Brasil são destinadas ao mercado halal, tendo a Arábia Saudita como o principal comprador. Na carne bovina, o percentual chega a 40%, com destaque para o Egito.

Promovendo o produto nacional - Para ampliar esse mercado, a Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB) ajuda a promover produtos nacionais em eventos do setor e feiras de alimentos. Em parceria com o Ministério da Agricultura, a entidade já realizou missões aos Emirados Árabes, Argélia e Egito, com destaque para as carnes halal.

Árabes - O secretário-geral da entidade, Michel Alaby, ressalta que pelo menos metade dos US$ 480 bilhões anuais movimentados pelo mercado halal vêm dos países árabes. Ele vê o sistema de abate como vantagem competitiva para as indústrias brasileiras. "Há grande chance de crescer, mas devemos nos preparar, pois essa é uma certificação oneros a que exige tempo e trabalho. Mas as empresas deveriam investir mais, por se tratar de um mercado cativo", ressalta. Malásia, Inglaterra, Estados Unidos, Turquia e Egito são grandes fornecedores de alimentos industrializados halal no mundo.

Brasil - Levantamento da CCAB mostra que os países árabes importam cerca de US$ 70 bilhões de produtos agroindustriais e que o Brasil supre apenas 10% desse total. Alaby acredita que é possível abocanhar fatias maiores desse mercado, desde que se preste mais atenção à importância da agregação de valor aos produtos. Nesse fluxo, as carnes halal apresentam esse diferencial, na opinião do secretário da entidade.

Cientistas desenvolvem frango que não transmite gripe aviária


Cientistas britânicos desenvolveram frangos geneticamente modificados que não transmitem a gripe aviária, o que pode levar no futuro à redução do risco de uma epidemia dessa doença entre humanos. 

http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?tit=cientistas_desenvolvem_frango_que_nao_transmite_gripe_aviaria&id=

Os pesquisadores, das universidades de Cambridge e Edimburgo, afirmaram que, embora os frangos transgênicos fiquem doentes e morram quando expostos à gripe aviária H5N1, eles não têm a capacidade de transmitir o vírus para outras aves.

"Evitar a transmissão do vírus entre os frangos pode reduzir o impacto econômico da doença e reduzir o risco apresentado às pessoas", disse Laurence Tiley, do departamento de medicina veterinária de Cambridge, e um dos coordenadores do trabalho.

A gripe aviária H5N1 circula desde 2003 na Ásia e Oriente Médio, com eventuais casos na Europa, e já levou à morte ou abate forçado de centenas de milhões de aves, segundo a Organização Mundial da Saúde Animal.

A doença raramente se manifesta em pessoas, mas, quando isso acontece, costuma ser mortal: a Organização Mundial da Saúde documentou 516 casos em humanos desde 2003, com 306 mortes.

Especialistas dizem que o perigo é que o vírus evolua para uma forma em que haja contágio mais fácil entre humanos, o que poderia levar a uma pandemia com milhões de mortos.

Sítio vende produtos fora da validade em Mogi das Cruzes (SP)


Diante desse crime contra a saúde pública, o Fantástico foi investigar: o que os supermercados fazem com os produtos vencidos? E qual o perigo de consumir um alimento desses? 

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1618475-15605,00.html

O Fantástico faz uma denúncia que interessa a toda a família: a venda de alimentos vencidos. Nossas equipes acompanharam esta semana, em todo o Brasil, várias blitz da Vigilância Sanitária. Os resultados foram muito preocupantes.

Leite, refrigerante, maionese, iogurte: tudo com validade vencida. Algumas, há mais de um ano. Mesmo assim, os produtos são vendidos em um sítio em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.

“Não pode vender nada disso. Agora, se a pessoa quer comprar, eu tenho a mercadoria. A pessoa é maior, nós fazemos negócio”, diz o vendedor.

Noé Inácio dos Santos revela, tranquilamente, como ganha dinheiro: “nós trabalhamos com a rede de mercado. Nós trazemos toda a mercadoria que vence”. Ele mostra uma linguiça que custa R$ 8 no açougue. Ele diz que vende por R$ 5.

Diante desse crime contra a saúde pública, o Fantástico foi investigar: o que os supermercados fazem com os produtos vencidos? E qual o perigo de consumir um alimento desses?

Na quinta e sexta-feira da semana passada, a polícia e a Vigilância Sanitária fazem blitz em cinco capitais. Em Goiânia, os agentes encheram um carrinho com produtos vencidos no supermercado Supersid. Havia até formigas entre os doces.

Segundo a direção, o supermercado está se organizado para corrigir a falha.

Na periferia de Salvador, a Vigilância Sanitária foi ao Mercadinho Andrade e encontrou azeite de dendê sem data de validade, sal grosso vencido há nada menos que oito meses e uma variedade de outros produtos irregulares. “Esse tempero venceu em março. Tem que ser retirado de circulação”, declara Fernando de Oliveira, da Vigilância Sanitária da Bahia.

No meio da comida vencida, tinha até barata. “Não sabia que tinha produto vencido. Nós estamos tentando resolver, melhorando tudo, para não acontecer isso”, afirma Valmir Santos, gerente do Mercadinho Andrade.

Em São Paulo, policiais estiveram em um açougue na Zona Leste e em dois supermercados: um no Centro e outro na Zona Oeste. Todos os alimentos apreendidos pela policia de São Paulo, como carnes, pães e massas, são impróprios para o consumo e poderiam estar nas nossas casas.

“Nós temos aqui preparados sem qualquer tipo de identificação. Estando vencido, estando expostos à venda, pelo Código de Defesa do Consumidor, esse produto é considerado impróprio para o consumo”, afirma o delegado Anderson Jean Paoli.

Os dois supermercados da capital paulista, o Futurama e o Walmart, disseram que as descobertas de produtos vencidos são fatos isolados. Já o advogado do açougue Super Boi, Antonio Carlos Ayres, alegou que os alimentos não seriam vendidos. “Quando os produtos estão vencidos o que é feito? É retirado do local de venda e guardado em um setor da câmara fria”, declara o advogado.

Segundo a Associação Brasileira dos Supermercados, existe um destino correto para a comida vencida.

“Esse produto é devolvido ao fornecedor, e o fornecedor é que vai providenciar o descarte desse produto. Se um consumidor, por acaso, já tiver comprado esse produto, ele tem que ter a restituição imediata do valor ou a troca imediata desse produto”, afirma Sussumu Honda, presidente da Associação Brasileira de Supermercados.

Para os pequenos comerciantes, também há regras quanto aos produtos vencidos. “Eles têm que ser inutilizados, furados, dispensados o seu líquido, o seu conteúdo, para depois colocar na caçamba para a coleta pública”, explica Silvia Gomes, do Departamento de Vigilância em Saúde de Mogi das Cruzes.

Mas, então, como o homem que mostramos no início da reportagem, consegue os produtos fora do prazo? Noé Inácio dos Santos alega que tem permissão de alguns supermercados da região de Mogi das Cruzes para retirar os alimentos, mas ele próprio assume que não pode revendê-los.

Noé Inácio das Cruzes - Nós temos um contrato com eles.
Jornalista - Eles fazem doação?
Noé Inácio das Cruzes - Também não pode fazer doação. Nós tiramos como limpeza.
Jornalista - Reciclagem?
Noé Inácio das Cruzes - Nós tiramos como lixo.

Com uma câmera escondida, os produtores Ylana Siqueira e Endrigo Michel, da TV Diário, afiliada da Rede Globo, foram duas vezes ao sítio: uma no dia 18 de agosto; e outra, no dia 24.

O vendedor não mostra preocupação com a saúde das pessoas.

Jornalista - Mas não faz mal?
Noé Inácio das Cruzes - De jeito nenhum. Eu trabalho 10 anos com isso aqui.

E olha o que ele diz sobre quem compra iogurte vencido, um produto que estraga rapidamente. “A pessoa vem e compra 10 cartelas. É barato. Chega lá, deixa dentro de casa, o moleque toma. O negócio dá disenteria. Não é que fez mal. É o excesso”.

Por R$ 10, nós compramos alguns produtos fora da validade. A maionese deveria ter sido consumida há 11 meses.

Noé Inácio dos Santos diz que faz pequenos e grandes negócios. “Eu tinha mil quilos de trigo aqui. Compraram tudo, pagaram tudo na hora”, revela o vendedor.

Entre os compradores, diz ele, há donos de bares e restaurantes da Grande São Paulo. “Tem pessoas de Mogi, vem de Itaquá, até de São Paulo, Franco da Rocha. As pessoas são desonestas. Eu mesmo quase não como mais em restaurante”, diz.

Na sexta-feira, voltamos ao sítio com a Vigilância Sanitária. Um funcionário não permitiu a entrada.

No sítio, há criação de porcos, e o dono já foi multado nove vezes por falta de higiene.

Procuramos os supermercados onde Noé Inácio dos Santos diz pegar os alimentos vencidos. A rede Semar afirma que ele não tem permissão para isso e que a retirada dos produtos impróprios para o consumo é feita por empresas especializadas.

Os supermercados Máster e Docelar dizem que os produtos deteriorados são retirados por uma empresa para incineração e que eventuais desvios por terceiros não são responsabilidade deles. A polícia diz que vai investigar.

Na sexta-feira, bares e restaurantes de Manaus e do Rio de Janeiro foram fiscalizados. No Amazonas, os agentes encontraram hambúrguer vencido no estabelecimento chamado Lanche do Mário. A gerente alegou que o produto não seria utilizado.

No Rio, policiais estiveram na praça de alimentação de um shopping da Zona Oeste. Encontraram irregularidades em cinco locais. No Burguer King, o queijo estava vencido havia quatro dias. A empresa informou que foi um fato isolado e que foram tomadas medidas corretivas imediatamente.

No restaurante Oriento, o frango estava fora do prazo havia mais de um mês. Segundo o gerente, a equipe responsável foi afastada.

No Benkei, o problema era camuflado, diz a polícia. “Quando vai vencendo a validade dos produtos. Eles utilizam isso aqui para remarcar”, mostra um dos agentes.

A direção do restaurante disse que segue rigorosamente a orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária quanto à rotulagem e etiquetagem dos alimentos.

Na cantina Buonasera, também foram encontrados alimentos vencidos e falta de higiene. A cantina está fechada. O dono não foi localizado para comentar o problema.

“A certeza que nós temos é indiciar os representantes, com a pena de prisão de 2 a 5 anos de detenção”, afirma o delegado Carlos Augusto Nogueira.

O shopping informou que orienta os restaurantes sobre os procedimentos exigidos pelas autoridades.

Mas como proteger sua família contra os perigos da comida vencida? Ir às compras, sem afobação: essa é a principal dica de quem entende do assunto.

“O consumidor tem que aprender a ler o que o fabricante está informando, evitar comprar muito perto dos vencimentos”, diz Evanise Segala, da Vigilância Sanitária de São Paulo.

É preciso bastante cuidado quando o preço estiver muito abaixo do normal. “Se você vai consumir o produto em liquidação no prazo de validade dele, compre. Se não, não faça isso. Muitas vezes, o barato pode sair caro”, explica Evanise Segala.

Para certos alimentos, o cuidado deve ser redobrado. Quanto menor o prazo de validade, mais atenção é preciso ter.

“Aqueles que, em geral, têm uma grande quantidade de nutrientes e a água, aqueles que envolvem leite, ovos, gordura em uma concentração elevada se contaminam mais facilmente”, aponta Glaucia Pastore, da Faculdade de Alimentos da Unicamp.

Não respeitar os prazos de validade pode trazer conseqüência. Vômito, diarreia e desidratação são as mais comuns.

“Se nós estamos falando de crianças e de idosos, isso é muito mais sério do que o jovem ou a pessoa de meia idade. Então, realmente o prazo de validade não é uma coisa banal. Ele é muito sério”, declara Glaucia Pastore.

“É nossa obrigação. O mínimo que a gente tem que fazer é olhar o prazo de validade. Ninguém merece comprar produto vencido”, diz a aposentada Leda Rossi.

Exportação de bovinos vivos reflete qualidade do sistema sanitário brasileiro


http://www.agricultura.gov.br


“O crescimento das exportações de animais vivos demonstra que o sistema de defesa sanitária animal brasileiro alcançou a credibilidade necessária perante os compradores”, afirmou o diretor de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Jamil de Souza, durante audiência pública sobre exportação de bovinos vivos. O debate foi na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (4).

Souza explicou que é papel do governo assegurar as garantias sanitárias para a exportação de animais vivos ou de produtos de origem animal. Ele destacou, ainda, que o Brasil evoluiu, na última década, no sentido de atender às exigências dos países importadores, o que resultou na abertura de mercado para os embarques de bovinos.

Números - O País começou a exportar bovinos vivos em 2003. Até 2009, o setor cresceu 23.000%, conquistando a posição de quarto maior exportador mundial nesta categoria, atrás de Canadá, México e Austrália. Atualmente, a média de vendas internacionais já superou os 500 mil animais por ano, o que representa apenas 1,3% do total abatido no País. (Leilane Alves).

Consumidor deve observar qualidade dos alimentos e higiene em bares e restaurantes


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sca de peixe, filé à palito, queijos e salames são alguns dos petiscos apreciados pelos frequentadores de bares e restaurantes, especialmente, em feriados prolongados como o Carnaval. Além dos cuidados com os alimentos é preciso estar atento ao local escolhido. “Os consumidores devem verificar a higiene do ambiente, dos utensílios na mesa e dos serviços”, ressalta o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, da Secretaria de Defesa Agropecuária, Nelmon Oliveira da Costa.


Já as pessoas que vão aproveitar os dias de folga em casa também devem ter cuidados na compra dos alimentos nos supermercados. Embalagens de produtos de origem animal e perecíveis como queijo, linguiça e salsicha devem ter o carimbo de inspeção oficial do governo que pode ser do Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Serviço Inspeção Estadual (SIE) ou do Serviço de Inspeção Municipal (SIM). Dessa forma, fica comprovado que o produto está registrado em órgão de inspeção e tem procedência idônea. “Além disso, é primordial verificar a data de fabricação, prazo de validade, coloração do produto e aspectos de conservação que, no caso dos resfriados, devem ser mantidos sob temperatura que varia de 2ºC a 6°C”, explica Costa.


Essas medidas são consideradas essenciais para que os alimentos não ofereçam risco à saúde. Para o registro dos produtos, as empresas apresentam as fórmulas de fabricação, indicam a quantidade de cada ingrediente, a forma de processamento, temperos, aditivos e condimentos. “O Ministério da Agricultura fiscaliza se tudo está de acordo com o regulamento técnico específico de cada produto, que estabelece os níveis mínimos de matéria-prima e o máximo de aditivos”, informa Costa.


SIF - As empresas interessadas em solicitar o registro de inspeção apresentam ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) as plantas das instalações, o processo de fabricação dos produtos e a descrição dos equipamentos utilizados. Após a avaliação desse processo, o ministério concede o registro aos estabelecimentos que atenderam aos requisitos da legislação.

Mapa incentiva agricultura sustentável no cerrado


Os produtores rurais da região de Cerrado podem participar de cursos de capacitação e ter acesso a publicações e políticas de crédito para recursos de adequação à agricultura sustentável

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oferecidos pelo Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). No bioma, que alcança dez estados brasileiros, a degradação ocorre mais rapidamente que em outros tipos de solos.

Para incentivar a agricultura sustentável, o Mapa apoia o sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Em três anos de atividades, o programa capacitou mais de sete mil produtores e técnicos em 28 cursos e workshops; realizou 1,8 mil visitas de assessoria e elaborou e distribuiu cartilhas e publicações.        


As medidas recomendadas pelo sistema ILPF estimulam a recuperação de áreas degradadas e potencializam a produtividade animal e vegetal. Empregadas em sistemas de produção, as técnicas promovem alternâncias das culturas de grãos, fibras, madeira, carne, leite e produtos de agroenergia, na mesma área.


Segundo o chefe da Divisão de Agricultura Conservacionista do Ministério da Agricultura, Maurício Carvalho, o manejo inadequado do solo pode prejudicar a produção agrícola, favorecer o aparecimento de espécies invasoras e diminuir a cobertura vegetal, ocasionando erosão por chuva ou vento. A degradação provoca a perda de produtividade e de renda para o produtor.


“A integração lavoura-pecuária otimiza o uso do solo com a produção de grãos em áreas de pastagens e aumenta a produtividade pela renovação, ao aproveitar a adubação residual da lavoura, reciclando nutrientes e incrementando a matéria orgânica”, afirma Carvalho.


Mais informações no Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade, do Ministério da Agricultura, pelo telefone (61) 3218-2417.

Pesquisadores da Embrapa buscam minimizar efeitos do aquecimento global na cafeicultura


Brasília (22.1.2010) - Desenvolver pesquisas para minimizar os efeitos do aquecimento global na cultura cafeeira é uma das prioridades do programa de pesquisa, coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e conduzido pelas instituições participantes do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café. 

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Segundo a pesquisadora da Embrapa Café, Mirian Eira, materiais genéticos de grande potencial e maturação diferenciada foram lançados nos últimos anos. Além disso, investimento em estudos buscam selecionar cultivares adaptadas à seca e aos extremos térmicos.

          A pesquisadora explica que os estudos de irrigação do cafezal buscam soluções para reduzir a vulnerabilidade climática da planta. A tecnologia tem evoluído, tanto no desenvolvimento de novos equipamentos e sua aplicação racional, como em novas práticas culturais, como estresse hídrico controlado aliado à adubação balanceada. Mirian também cita as práticas de manejo, como o adensamento e a arborização da lavoura, que atenuam os efeitos do aumento da temperatura nas regiões produtoras de café. Ela informa, ainda, que outros projetos nas áreas de biotecnologia, agroclimatologia e fisiologia do café tratam das características do clima e das plantas, buscando mitigar as condições adversas do aquecimento global e manter o Brasil na liderança da produção mundial da cultura.

         Aquecimento global - Um estudo realizado por especialistas em zoneamento climático da Embrapa e da Universidade de Campinas (Unicamp) concluiu que as culturas de café, milho e soja são as mais suscetíveis aos efeitos do aquecimento global. Segundo o coordenador e técnico da pesquisa, Eduardo Assad, a principal causa da vulnerabilidade do café é o abortamento da florada, provocado pelo déficit hídrico e pelo calor intenso. Porém, ele acredita que este cenário pode ser modificado com trabalhos de biotecnologia e melhoramento genético, tornando as plantas mais tolerantes a essas ameaças.

           De acordo com Assad, as soluções para a adaptação da planta ao clima mais quente já estão sendo pesquisadas. Os estudos em melhoramento genético do café, com base no cruzamento entre as espécies arábica e conilon, poderão criar cultivares mais robustas e capazes de suportar temperaturas mais altas. (Sophia Gebrim, com informações da Embrapa).